quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Arte que dá sentido a tudo

por Theodora Maria Mendes de Almeida e Tania Vasone

Nos últimos textos de nosso blog “Manifestação Cultural”, “ Estudo do meio como metodologia para leitura afetiva de uma determinada realidade”, “Adentrando no universo da poesia”, “ Pontos de vista de duas professoras de História”, “ Expedição Centro-Oeste: explorando o Pantanal e o Cerrado brasileiro nas aulas de Ciências”,  procuramos relatar como cada turma, cada professor, cada área de conhecimento em cada segmento contribuiu para a construção do projeto coletivo  Viagem ao Centro do Brasil.

Ouvir, falar, ler e escrever foram habilidades muito estimuladas em todas as aulas. Comparar, listar, organizar e refletir também. 

Brasileiros aprendendo sobre o Brasil, pensando sobre como nos vemos, sobre como os estrangeiros nos veem e sobre como queremos ser vistos. A História, a Geografia, as Ciências, as Línguas Portuguesa, Inglesa e Espanhola foram enriquecendo as descobertas, ampliando o patrimônio cultural de cada um.

Agora chegou a vez da Arte. Arte que costura tudo, que une, que entrelaça com lã, linha, barbante, fita e corda. Que traz as cores, os sons, os aromas e aprimora todos os sentidos. Inspirados pelas obras de vários artistas e utilizando inúmeras técnicas e materiais, fomos dando forma aos conhecimentos que vinham aos poucos compondo a compreensão de todos sobre um mesmo tema. Arte que dá sentido a tudo.


Dedicados ao fazer artístico, reaproveitamos materiais para dar forma às miudezas de Manoel de Barros, às texturas das plantas e dos animais, aprendemos sobre a técnica dos índios para recriar peças de argila, pensamos e refletimos sobre nossos sentimentos para criar trabalhos de opinião, passeamos pelas linhas livres de Niemeyer e as retas e curvas da geometria traçadas com réguas e compassos, elaboramos monumentos em esculturas de arame e madeira, criamos maquetes com movimento da Física e até desobjetos retirados dos poemas.


A música esteve presente na moda da viola construída e tocada para acompanhar a poesia do Poeta e dos aprendizes. Dançamos, recitamos, cantamos no ritmo da criação.


A pintura, a colagem, o desenho foram compondo murais, painéis, cartazes. Nestes momentos de trabalho coletivo, valorizamos a participação de todos ao mesmo tempo e identificamos o protagonismo de alguns alunos que atuaram de modo diferente do dia a dia. Tem aquele que domina a tecnologia e contribui para a organização das pesquisas, aquele que já sabe editar um vídeo e recolhe o material coletado por todos, aquele que se expressa com facilidade e faz as entrevistas e ainda aquele que desenha com detalhes e traça o painel que é pintado por todos. 

Quando estamos juntos neste fazer criativo, as rotinas do cotidiano são transformadas, em harmonia, em criação, cada um a fazer e experimentar novas possibilidades de expressão, a conquista pessoal, a satisfação de ver seu trabalho realizado se estampa na face de nossos alunos, todos querem mostrar seus trabalhos e fazê-los da melhor maneira possível. Ao final, sempre ouvimos a avaliação de como foi bom fazer e de como se sentem plenos de satisfação por suas realizações.


Como parte de nossas comemorações de 50 anos, convidamos a todos a observar e apreciar o resultado deste trabalho em equipe, de alunos e professores, colegas cooperativos e orgulhosos do resultado de seu empenho e dedicação.