quarta-feira, 25 de março de 2015

OS ESTUDOS SOBRE ESPAÇO E FORMA

ENSINAR E APRENDER GEOMETRIA É UMA ARTE: OS ESTUDOS SOBRE ESPAÇO E FORMA

Por Theodora Maria Mendes de Almeida

Quando eu era aluna aqui nesta escola, tínhamos uma matéria chamada Desenho Geométrico. 
Já aprendíamos sobre as formas, a utilizar o compasso, a régua e o esquadro e, como não podia deixar de ser, tínhamos um estímulo para o uso artístico deste aprendizado, que ia além da matemática. Conhecíamos muitos artistas que faziam uso das formas em suas obras e éramos estimulados a produzir, apurando a aprendizagem da estética.

 

A Matemática ensinada na escola, hoje, é repleta de conteúdos e entende-se  que é preciso compreender o sentido que ela tem para a vida dos alunos. Os estudos sobre o ESPAÇO e a FORMA continuam sendo importantes e necessários para a compreensão de mundo. 
A escolha da metodologia por nós utilizada, de resolução de problemas, amplia as possibilidades, o interesse e o envolvimento dos alunos por esta área.
Com as crianças pequenas, que estão sendo apresentadas a estes conteúdos, começamos propondo jogos com os blocos de madeira, nomeando, identificando e explorando suas possibilidades de uso. Enquanto brincam, estão pensando sobre tudo isto. 


 

Neste contato, vão aprendendo o vocabulário geométrico, a terminologia correta de cada figura e de suas partes. É o que chamamos alfabetização matemática.
Assim, cada vez mais vão desenvolvendo as habilidades de observação e investigação.
Nos desafios e na representação dos jogos, as crianças já vão aprendendo a traçar sua compreensão sobre o espaço.
A escolha da Coleção SABER MATEMÁTICA, de Kátia Smole e Maria Ignez Diniz – como material didático inicial para os alunos do Fundamental I – corresponde a esta concepção de trabalho que inclui a arte e a representação.

 
Trabalhos inspirados na obra de Wassily Kandinsky

No contexto de estudos em outras áreas, como nas Ciências Sociais, os alunos também vão conhecendo como outros povos e culturas utilizam as formas em sua arte.

Arte Africana

Arte Indígena

Arabescos

ORIGAMI e TANGRAM

Recursos como a dobradura, o Origami,  e quebra-cabeças, como o Tangram, ajudam os alunos a fazer comparações, classificações, composições e representações das figuras, além de desenvolver o raciocínio e a coordenação motora.

 

Na representação tridimensional, os alunos vão trabalhando com outras propriedades das formas. São tratados simultaneamente os sólidos geométricos e as figuras planas e o entendimento vai sendo ampliado: cubos, cones, cilindros, esferas, paralelepípedos, pirâmides... A sofisticação das pesquisas e conhecimentos vai aparecendo nos estudos sobre os ângulos, os vértices, poliedros e não poliedros,... 

 

 
O papelão, a madeira, o isopor, entre outros tantos materiais, ajudam a projetar e a realizar as ideias.

Os jogos e a tecnologia trazem a dimensão do processo permanente de evolução da ciência, pensando na representação, nas aplicações práticas das necessidades do dia a dia e também da diversão.



Creio que nossos alunos vivem, hoje, um momento ampliado daquele que vivi como aluna, podendo aprender ainda mais sobre os mistérios da Matemática, instigados pelas propostas, motivados em sua curiosidade natural.

Outras dicas para saber mais sobre Geometria:

- Polígonos, centopeias e outros bichos – Nilson José Machado – Ed. Scipione - 2000
- A geometria na sua vida – Rosa Maria Herrera e Carlo Frabetti – Ed. Ática, São Paulo –  2003
- Minha mão é uma régua – Kim Seong-Eun e Oh Seung-Min – Ed Callis – 2006
- Travessuras de Triângulo – Suzana Laino Candido – Ed. Moderna – 2001
- A história do Vovô Tang – Ann Tomperf – Ed. Salesiana – 2007
- A Matemática das sete peças do tangram – E.R. Souza – Caem – 1995
- Dobradura nas aulas de Matemática – Imenes – Ed. Scipione – 1995