quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A Educação Física no Colégio Hugo Sarmento

A Educação Física inserida no projeto pedagógico da escola tem como objetivo principal incentivar os alunos a descobrir suas habilidades e preferências dentro das práticas corporais, dando prazer e sentido a elas, desenvolvendo, assim, o hábito saudável de se exercitar. Esta disciplina deve, progressiva e cuidadosamente, conduzir o aluno a uma reflexão crítica que o leve à autonomia no usufruto da cultura corporal de movimento.

Os conteúdos da disciplina devem adquirir complexidade crescente com o decorrer das séries, tanto do ponto de vista estritamente motor (desenvolvimento de habilidades básicas, combinadas e especializadas), como cognitivo (da simples informação à capacidade de análise, de crítica). Em todas as fases do processo de ensino, deve-se levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos, suas características, capacidades e interesses, nas perspectivas motora, afetiva, social e cognitiva.

 

Desta maneira, parte-se do variado repertório de conhecimentos que os alunos já possuem sobre diferentes manifestações corporais e de movimento, a fim de ampliá-los, aprofundá-los e qualificá-los criticamente. Deste modo, espera-se incentivar o aluno, ao longo de sua escolarização e após, que participe e usufrua o jogo, o esporte, a ginástica, a Yoga, reconhecendo e incorporando a atividade física como instrumento de qualidade de vida.

 

A proposta da Educação Física, ao longo de toda a escolarização, é trabalhada de forma espiral e gradativa, com objetivos claros para cada fase do desenvolvimento. Nas séries iniciais do Ensino Fundamental I, os objetivos estão centrados no desenvolvimento e na consolidação das habilidades motoras básicas. Nesta fase, a Educação Física contribui para o desenvolvimento pleno do aluno, considerando que a atividade corporal é um elemento fundamental da vida infantil, e que uma adequada e diversificada estimulação psicomotora guarda estreitas relações com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.

  

A estratégia consiste na utilização de jogos, brincadeiras de variados tipos e atividades de autotestagem, trabalhos individuais e em grupos, com o propósito de que o aluno vivencie o maior número possível de variações e, por meio delas, se descubra corporalmente. Dessa forma, os conteúdos são organizados de forma crescente, do simples para o complexo, conforme as capacidades motoras, cognitivas e afetivo-sociais da turma. Fica também como objetivo da Educação Física, e das aulas que envolvem práticas corporais, justificar a necessidade do movimento; compreender e conhecer diversos jogos, esportes, ginástica, lutas; entender, respeitar e criticar regras; assimilar o conceito de equipe e cooperação; conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um aspecto básico da qualidade de vida; adotar atitude de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos jogos, lutas e esportes. 

 

A partir do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, deve-se promover a iniciação em jogos da nossa cultura, aproximando-os dos esportes tradicionais. É importante considerar que, nessa fase, a aprendizagem de uma habilidade técnica deve ser secundária em relação à concretização de um ambiente e de um estado de espírito lúdico e prazeroso, valorizando mais o processo do jogo e não seu resultado. Desta maneira, a adesão do aluno à aula não dependerá somente de sua habilidade física, proporcionando a inclusão na aula de Educação Física. 

 

Durante o ensino fundamental o aluno será incentivado a se expressar corporalmente por meio de brincadeiras, danças da nossa cultura e festivais. O aperfeiçoamento em habilidades específicas e a aprendizagem de habilidades mais complexas devem ser buscados no Ensino Fundamental II, assim como o aprendizado e o conhecimento das modalidades esportivas como o basquete, o handebol, o voleibol e o futebol.

Aprender a competir faz parte da aula de Educação Física 

Não há como negar que o fenômeno social competição esteja presente na escola e na Educação Física escolar. A competição, inserida de modo descontraído nas aulas, encanta e motiva os alunos, além de proporcionar momentos de alegria e cooperação, sendo mais uma oportunidade de desenvolver a criatividade, a socialização, o raciocínio, a coordenação motora, os domínios afetivos e psicomotores. 

 

No contexto da Educação Física, a competição é um dos maiores incentivos para os alunos por proporcionar um desafio individual e coletivo. Ao invés de constituir uma prática excludente, as brincadeiras e os jogos competitivos, quando bem direcionados pelo professor, preparam os alunos para prática esportivas futuras, oportunizando a compreensão da importância e das frustrações associadas a este processo. Dentro de um contexto bem planejado, ela propicia um momento rico para o aprendizado e a melhora da autoconfiança.

A vitória e a derrota são consequências naturais nos resultados das atividades de competição. Saber lidar com estes resultados, organizar-se em grupo e praticar o respeito às diferenças são habilidades sociais que devem ser trabalhadas no ambiente esportivo, a fim de que o aluno possa inserir-se no grupo positivamente e conquistar seu espaço.

Os princípios que norteiam as aulas de Educação Física do Colégio são:

Princípio da inclusão

Mesmo sabendo que a habilidade motora é muito importante para a realização das atividades propostas na aula de Educação Física, os conteúdos e estratégias escolhidos devem sempre proporcionar a inclusão de todos os alunos, incentivado cada um a participar e contribuir conforme sua habilidade, seja ela física, social ou afetiva.

Princípio da diversidade

A escolha dos conteúdos deve, tanto quanto possível, incidir sobre a totalidade da cultura corporal de movimento, incluindo brincadeiras da nossa cultura, jogos, esporte, exercícios e prática de aptidão física, atividades rítmicas, expressivas, a dança e a luta. 

Princípio da complexidade

Os conteúdos devem adquirir complexidade crescente com o decorrer das séries, tanto do ponto de vista estritamente motor como cognitivo.

Princípio da adequação ao aluno

Em todas as fases do processo de ensino deve-se levar em conta as características, capacidades e interesses do aluno, nas perspectivas motora, afetiva, social e cognitiva.