quarta-feira, 18 de junho de 2014

Projeto Nutrição

A alimentação das crianças e jovens é um assunto que está presente em todas as rodas de conversa entre educadores.

Ações com os alunos, como o acompanhamento e a atenção das professoras na hora do lanche, o incentivo ao plantio e ao preparo de alimentos e a experimentação de sabores diversos no contexto da escola, sempre fizeram parte de nossa proposta pedagógica.
  

 
                                       
Desde o ano passado, contamos com a parceria da nutricionista Roberta Ursaia, mãe do aluno Bento, para nos orientar sobre aspectos importantes da alimentação das crianças.

Reuniões com os professores, com os pais e com o pessoal da cantina têm sido feitas com o objetivo de informar e de pensarmos juntos sobre mudanças de hábito importantes.
 

Compartilhamos aqui um texto escrito por Roberta para colaborar com as famílias em casa, na hora das refeições:

TÁ NA MESAAAAAA!!!

“As refeições são momentos muito valiosos para a formação de hábitos alimentares saudáveis, além de serem momentos importantes de confraternização da família.
Porém, muitas vezes, essas oportunidades são desperdiçadas. Em geral, as famílias fazem poucas refeições reunidas, por diversos motivos, ou as refeições se tornam tumultuadas pelas crianças que não querem comer naquele momento ou que não querem comer o que tem, levando, muitas vezes, os pais ao desespero e à exaustão.
Se você se identifica com alguma dessas situações, veja a seguir algumas dicas simples que podem transformar as refeições em momentos prazerosos, de união familiar e de construção de hábitos alimentares saudáveis:
Rotina - Informe as crianças sobre a rotina do dia e procure avisar com um pouco de antecedência que está chegando o horário da refeição, sem exaltação positiva ou negativa. Assim, não será necessário interromper alguma atividade, o que pode atrapalhar a refeição antes mesmo de ela começar. Se for necessário, espere alguns minutos, para que a criança termine o que está fazendo.
Distrações – Elimine qualquer tipo de distração na hora da refeição, como televisão, computador, jogos, brinquedos etc. Nunca ofereça recompensas em função do que a criança comer e sirva as refeições sempre à mesa.
Refeição em família – É muito importante que os pais ou os responsáveis façam a refeição junto com a criança. Mesmo que o horário em que a criança come não seja o mesmo em que você está acostumado a se alimentar, procure se organizar para comer junto com o seu filho. O exemplo do hábito alimentar dos pais é fundamental para a formação do hábito alimentar das crianças.
Dimensões da alimentação – Os pais ou responsáveis decidem quando e onde a refeição será feita e o que será servido; as crianças decidem o que e o quanto irão comer. É muito importante respeitar a saciedade das crianças, pois esse mecanismo é eficiente e sinaliza o quanto é suficiente para que a criança esteja bem alimentada. Quando forçada a comer mais, esse mecanismo pode perder a sua eficiência e a criança pode comer mais do que o necessário. Isso se torna um hábito difícil de ser modificado e resulta em problemas de saúde no médio e longo prazos.
Variedade nas refeições – Não ofereça somente alimentos que a criança aceita; apesar de ser desanimador fazer preparações que você acha que a criança não vai aceitar, procure pensar que a sua responsabilidade vai até colocar na mesa. Se a criança vai comer ou não é ela quem vai decidir. Afinal, se não forem oferecidos alimentos novos, não é possível ampliar a variedade dos alimentos que ela come.
Ninguém é obrigado a comer o que não gosta, mas, se é um alimento que nunca foi provado, é importante que a criança experimente para saber se gosta ou não. Sugira que ela experimente somente uma vez, sem pressão e com naturalidade; se for necessário, explique que ela não tem como saber se gosta se nunca comeu. Procure lembrá-la de alimentos que ela achava que não gostava e depois de experimentar acabou gostando. Se ela se recusar a experimentar, procure incluir esse alimento nas refeições outras vezes (+/- 10 vezes), até que ela tenha mais familiaridade com o mesmo e decida experimentar.
Bagunça - Tolere bagunça apropriada para a idade.
Autonomia - Incentive a auto-alimentação, respeitando as limitações de acordo com a idade.
Disposição - Respeite o momento em que a criança está: criança cansada, agitada ou doente não se alimenta bem; elas recuperam o que não comeram naturalmente nas próximas refeições ou nos próximos dias.
Participação - Faça o prato na frente da criança, permita que ela participe da compra e preparação dos alimentos e que manipule, cheire e prove.
Intervalos - Respeite intervalo de 2 a 3 horas entre as refeições.
Duração das refeições – Se tudo está correndo bem, não tem limite para a duração da refeição, mas, se a criança não quer comer, não adianta ficar uma hora à mesa, pois, quem não comeu em 20 minutos, não vai comer.
Se não comer – Respire fundo, não demonstre reação, aja com naturalidade e não ofereça outros alimentos que não fazem parte da refeição. Respeite o intervalo até a próxima refeição para oferecer outro alimento.
Se comer – Aja com naturalidade, manifeste uma breve comemoração e elogie sem grande exaltação os aspectos positivos da alimentação.
Procure adaptar essas dicas à sua dinâmica e à sua rotina familiar; se mesmo assim você não se sentir confortável com o que a criança come, faça consultas mais frequentes ao pediatra para avaliar o estado nutricional, o desenvolvimento e o crescimento do seu filho.”

Marcelo Del Mastro
, pai da aluna Luana, também contribuiu com seus conhecimentos e nos indicou documentários importantes que tratam do tema em seu blog DOC VERDADE.
Sobre alimentação:
Muito além do peso

Food Matters
Tiraram sistematicamente as versões legendadas do Youtube, mas há outra maneira de baixá-lo em Alta Definição via torrent (baixar um programa tipo bittorrent).
Ou pode ser visto em stream sem legendas em português: http://www.metacafe.com/watch/6440635/food_matters/

Nossos Filhos nos Acusarão

Conheça o blog clicando aqui.